O vento que venta daqui
é o mesmo que venta de lá?
Não, eu sou controvento,
ventania de esparramar,
até virar brisa,
desabotoar a camisa,
para o sangue ventilar.
Liquificar sem ar
controvento suado,
prá na liberdade
do vento
tocar, no sino, um dobrado
e ventando poder voar,
soando um verso molhado...
Palavras silenciam
ao vento,
soprando cinzas
poeiras mortuárias.
Textos, poemas
ficam,
heranças literárias...
Morrer é preciso.
Navegar?
Marinheiro,
só num trago.
Bebo-o em livros,
último gole,
amargo
a brindar
Lindo! Bela homenagem... lindas palavras.
ResponderExcluirSalve Saramago!
ResponderExcluirSalve você, poeta!
Salve o poeta do Brasil desconhecido!
Viva as letras!