Primeiro foi a palavra ou o pensamento? Sei que houve um contador...e o conto se fez páginas e habitou entre nós.
As primeiras imagens...desenharam em nossa memória a tentativa de perceber as coisas, alcançar os sentidos , entender a vida. O que pensamos das percepções, sensações, emoções? Por que falamos aquela e não outra palavra? O que morava na gênese do nosso dizer? Repetimos, fomos ourives de nosso silêncio, até explodirmos em palavras. E o ouvir foi nosso maior ensinamento. Atenção? Tudo. Entre ouvir e repetir: A criação.
Na berlinda, egocêntricos copiamos...os que circulam a nossa volta e em nós. Primeiro, contar...os dedinhos, os aninhos, os objetos, as pessoas, ouvindo contarem histórias, acontecimentos, verdades, mentiras, episódios de coragem e medo, ancoragens...Cantar musiquinhas, acalantos, cirandas, música pop ou regionais ( por osmose ou overdose), até compreeendermos o canto. O nosso canto.
Entre contar e cantar: o conto. Inventamos histórias, adornamos os fatos e vamos praticando, o que só mais tarde entendemos: Quem conta um conto, aumenta um ponto.
A coleção de imagens e informações que recheiam nossa memória, um dia resolvem contar-se. O imaginário dá à luz, então, ao contador...que surge no palco. Cenário em branco, atuando a dança-transmissão entre o papel, ou a tela; a caneta, o lápis, ou o dígito apressado, que não pode deixar escapar nem uma gota do momento, desse parto de idéias, emoções, criatividade... surge o texto. Certidão literária: Conto.
Uma quase-crônica?
ResponderExcluirUm micro-ensaio?
Só sei que as palavras parecem vertidas de uma fonte muito pura, de águas claras, fluxo doce...
Bonito!
Abraços, bons caminhos...
Muito bom!!!!!
ResponderExcluirNasce uma contista. Ou seria uma contadora de Histórias?
Adorei!!!!
Um beijo grande.
Lindíssimos versos!!!
ResponderExcluirBjus