Seus olhos gritavam um amor intenso, que não veio, que viria. Paginava o tempo, descartando impossibilidades. Acreditava na espera e naquele ponto de ônibus aguardava o encontro marcado, através de uma rede de relacionamentos. Era um Amor Facebook, sem face, nem disfarce.
Comeu os dois bombons que levava para comerem juntos.
Assustava a sua ansiedade nua, declarada a todos que se aproximavam:
_ Eu tô esperando, meu amor! Ou devia dizer:
_ Eu tô esperando meu amor.Quem sabe:
_ Eu to esperando, meu, amor. Talvez:
_Eu tô, esperando meu amor. Assim insistia...e errava na espera.
_ Eu tô esperando, meu amor! Ou devia dizer:
_ Eu tô esperando meu amor.Quem sabe:
_ Eu to esperando, meu, amor. Talvez:
_Eu tô, esperando meu amor. Assim insistia...e errava na espera.
A noite chegou o amor não veio. Esfriou. Não choveu. Amor não veio.
Partida no primeiro ônibus que passou. Não leu o itinerário, o número, nem ligou para que horas eram. Apenas, perguntou:
_ Boa noite motorista, onde posso saltar, prá libertar-me de um amor que esperei, até agora? Solícito, o condutor respondeu:
_ Rua Carlos Drummond de Andrade, Poema: E Agora José?
Na rua "E agora, josé", há sempre uma possibilidade que vale a pena!
ResponderExcluirCom certeza!!!!!
E agora josè?
ResponderExcluirE agora?