quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mãos frias, coração quente


Sob o frio o tempo arde
ondas geladas em curvas
tomam de forma covarde
ruas sem meias, nem luvas

Asas cinzas, silenciam
o azul atrás da neblina
num abraço anunciam

a caminho a chuva fina
os olhos todos se alinham
em direção ao céu e a colina

Na paisagem dessa história
o fósforo acende a menina
e em versão contraditória
o frio aquece e ilumina

Aproximação acalorada
reúne a necessidade
e a rua  é incendiada
pela solidariedade

Sopa quente, cobertor
vão aos poucos aparecendo
tudo doado com amor
que o frio vai aquecendo




Um comentário:

  1. Pois é amiga, se as pessoas pusessem em prática o teor dos teus versos, a realidade seria mais bonita. Estamos necessitando tanto de solidariedade, sobretudo, nessa época de frio.
    E por falar em frio, aqui no sul do Brasil, as noites estão geladas.
    Um abração.

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