sexta-feira, 12 de julho de 2013

VESTA



tarde ao meio
invade os poros da casa
a respiração da poesia

rasgam-se as cortinas
tremem as paredes
circulam venosos versos
e apanham artérias
espalhadas pelo chão

desatrofiadas estrofes
vagam pelas mãos
que empurraram a porta
sem pedir licença poética

Entra toda à vontade
com tanta metáfora
sem nenhum perdão
rasga-se o silêncio

vento feito de palavras
sublinhando telhados
num poema vestido de azul


Um comentário:

  1. OLÁ,

    Seu blog mantém uma linha de extraordinária coerência, na temática das suas postagens.

    Não é elogio, e sim, uma simples constatação.


    Um abração carioca

    ResponderExcluir