quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O vento da criação

PARA: PAULO FRANCISCO
Que vento é esse sobre o papel,
que as palavras atormenta
que quer libertar-se no céu
dessa página que inventa?

Poemas desesperados,
nos porões escondidos,
gritam versos amarrados,
buscam e querem ser lidos,

prosas enjauladas
desparagrafam lacônicas
desejam ser publicadas
em contos ou crônicas

Cores e nomes pedem capítulos,
a escrita e a escritura apelam,
Textos nascem e  sugerem títulos,
flertam sentidos e se expressam

A palavra é o desejo
lançado no deserto
como o sabor de  um beijo
risco traçado e incerto

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