sábado, 2 de outubro de 2010

vento marginal

Amo o poema impuro
respingado de  tudo
resultado de lavras
descombinando palavras.

Escorro por estas brechas poéticas
eróticas, turvas, aventuras-estéticas
me lambuzo no abuso performático
elegendo dissonâncias, sendo intergaláctico

Estendo-me lendo o ocaso e o acaso da poesia profana
estico-me a cada verso atirando-me sem nojo ou receio na lama
molho os olhos a dessecar o excesso do avesso da incompreessível gravura
leio com sentimento, tormento, sem censura, recorto o excremento do poema-escultura

Alcanço o submundo, o imundo, que inaugura a devassidão alegre de todo verso, que reverso a minha alma perfura...

3 comentários:

  1. Poemas chegam como o vento, e este vento marginal foi intenso e belo.

    ResponderExcluir
  2. "Alcanço o submundo, o imundo, que inaugura a devassidão alegre de todo verso, que reverso a minha alma perfura..."

    que coisa
    mais forte
    mais firme
    e poderosa!

    gostei demais!

    ResponderExcluir