quarta-feira, 11 de julho de 2012

Apoético



A poesia me enganou.
O eu-lírico se quebrou.
Crack!

Versos escorreram sangue.
O poema, cheirando a mangue,
Acabou.

Papel em branco.
Ritmo manco.
Desencantou.

O tempo a contento
a sombra do vento
atravessou.

Na ponta do cais,
explodindo ais,
o poema calou.






Nenhum comentário:

Postar um comentário