O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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sábado, 21 de julho de 2012
Um olhar furta-cor
Eram olhos escuros, profundos, como um abismo, poderiam ser chamados de imensidão.
Eles olhavam o mundo, alcançavam ambíguas perspectivas, recantos e superfícies, dimensões ocultas das auras de tudo o que há.
Capturavam paisagens, sorrisos, formas e cores...Ah, as cores! Seu caminho era marcado pela invisibilidade dos matizes, dos tons e o silêncio do colorido do devir.
Um olhar apagador, engulidor de tudo o que via, refletia...Íris de dècoupage, recortador de imagens.
Quando me encontrou, implorei: _ Venha, mire dentro dos meus olhos e arranque as cores e dores, que enchem meu ser de sentidos e sensações, que desejo ausentar desse arco-íris invertido, feito de tons vibrantes, que gritam vida, desejosa que morram em teus olhos. Furta-cor, se apropria desse amor, leva pra ti essa ingenuidade em tons pastéis, desconstrói em mim, furta-cor, o colorido da verdade. Faz-me um olhar de mentira, pra que eu só enxergue outro olhar, se inventado.
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Teu blog é ótimo, parabéns!
ResponderExcluirVem conhecer o meu:
leiakarine.blogspot.com