
...exibe teu coração no mosaico
da parede que não construiu
que guarda teu grito de gozo
e entre tijolos teu choro solitário
corre sob teus pés o mesmo rio
que passa por aqui
nunca verás e provarás nem
entre teus braços um vão
espaço metafórico
que torpedeou sem ser
derrame do herói
na tua sombra o tempo
se desfaz na baba
de uma fria lava
numa parede invisível
e sobre o sepulcro erra
enquanto cava
se enterra na poeira do vento
errante sopro
recortes de memoria
do indizível
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