sábado, 27 de outubro de 2012

Poeira poética




"O limo: poeira dágua.
Cinza: poeira do fogo."
 G. Bachelard









...peneirada a montanha
desfaz-se a paisagem:
poeira azul.


...a chuva fina
 peneira nuvens
 sobre cabeças
 desanuviadas


a luz desses olhos
que não há...
peneira a noite
enfrentando o dia


o maldito peneira
o bendito silêncio:
a poeira poética
do eco dos sentidos


desejo: poeira de carne
morte: poeira do corpo
palavra: pó do poeta






         
         
           








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