O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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sábado, 20 de outubro de 2012
O PECADO DA CONFISSÃO
Os postes trançam as nuas ruas
terço beneditino
os prédios latem alarmes
louvores noturnos
e tudo é madrugada
trevas brilhantes
o dia vai longe
o céu distante
o tempo cobre-nos
semeadura de palavras
e nem ouve nosso silêncio
na epifania premeditada
gritos no deserto do arrependimento
sem perdão
pelos teus santos pecados obtusos
nunca a noite foi tão azul
cobrindo o manto de lavas
abrem-se estradas
covam-se vidas
crucificação do amor
o vento arde
em todas as coisas
de tanta vontade
pede a Deus
pra pecar novamente:
o pecado está
em perdoar-se
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