luz na caixa de fósforo
contida em muitas cabeças
apagada a luz a sombra se guarda
vira promessa, avessa ao brilho
que não há no fogo que não houve
basta a fronteira do querer
acender o lume
e a sombra já quer ser
o palito na caixa
controla a sombra
que só acende
se apaga o desejo
de mantê-la fechada
sem prover a chama
que é mãe parideira
da sombra do fogo
que incendeia o barco
no meio do rio
no bolso do homem
a terceira margem
ilumina a página molhada
sombra encharcada de luz
liberta da caixa de tudo
que queima a sombra
que desaparece no rio
que engole a vida do homem
que habita a caixa preta
Gracias por tu comentario y un abrazo desde Madrid.
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